sexta-feira, 13 de junho de 2008

Na era do Aquário!

Sempre fui fascinado por aquários.
Desde que vi um pela primeira vez.
É como se, aquela caixinha de vidro cheia d’água, trouxesse a possibilidade de participar um pouco desse mundo incrível que existe nas profundezas aquáticas, e que nossa natureza de “animal terrestre” não nos permite presenciar.
Tive um aquário pequeno, há muitos anos atrás. E depois de “aposentá-lo”, acabei não adquirindo outro nos anos seguintes. Até que, há uns três meses, adquiri um novo.

* meu aquário *

Fiquei muito admirado com o avanço na tecnologia dos aquários de lá pra cá. Quando tive o primeiro, era tudo muito complicado, o controle da temperatura, das condições da água, principalmente a filtragem da água era um desafio. Como não existiam sistemas de filtro, a sujeira se acumulava no fundo do aquário, filtrada apenas pelas pedrinhas, e ao cabo de algum tempo você tinha que esvaziar o aquário para limpá-lo, porque a água parada e sedimentando ia apodrecendo... E isso causava um enorme choque nos peixes.
Hoje, a estrutura dos novos aquários é fantástica! Eles possuem filtros, sistemas que mantém a água em movimento o tempo todo, e mais um aparato de recursos que possibilita ao aquarofilista construir e manter um sistema equilibrado para a existência dos peixes.
O mais fantástico é que esses avanços permitem que hoje você tenha plantas sub-aquáticas cultivadas no aquário. O que além de ser visualmente muito bonito, promove um ambiente mais aconchegante para os habitantes do aquário. Ainda não aderi a este recurso, mas tenho vontade de fazer também no meu.

* exemplo de aquário plantado *

Claro que a intenção é chegar o mais próximo possível do ambiente natural dos peixes. Obviamente é impossível reproduzir artificialmente o habitat. Por melhores que sejam as técnicas, nunca poderão se igualar ao seio da Natureza-Mãe. Mas, os avanços atuais permitem que se chegue mais próximo ao ideal, proporcionando uma vida mais agradável aos peixinhos em cativeiro.

Supõe-se que os primeiros aquários tenham surgido na China Imperial e, de fato, a aquarofilia (nome dado ao hobby de cultivar aquários) é uma atividade bastante zen.
Uma coisa interessante que observei foi a forma como algumas pessoas reagiam ao me ouvirem falar que queria ter de novo um aquário ou que gostava de peixinhos como animais de estimação.
Muitas delas limitavam-se a considerar que “aquário é muito bonito”, mas a maioria delas considera peixe um animal de estimação “sem graça”, que “não interage”, ou até que “não manifesta carinho, impessoal”.
Ledo engano... eles são tão cativantes, carinhosos e inteligentes quanto um gato ou um cachorro.

* meus 3 filhos aquáticos *

“... os peixes são, em geral e comprovadamente, animais inteligentes e com uma personalidade. Os peixes são capazes de aprender a evitar as redes, observando outros peixes que são apanhados por estas, o que significa que têm capacidade de aprendizagem, memória e inteligência suficiente para aplicar estes conhecimentos e relacioná-los com problemas. São também capazes de reconhecer outros indivíduos como seus amigos e companheiros. Alguns peixes reúnem informação através de autêntica espionagem e outros são até capazes de usar ferramentas. Estudos recentes levaram à descoberta de que os peixes têm uma impressionante memória de longo prazo e de que se organizam socialmente de forma complexa e sofisticada. Colaboram entre si de modo a definirem estratégias e acordos sociais para facilitarem as suas vidas e sobrevivência. Além da memória, os peixes têm um apurado sentido de orientação no tempo. Comunicam uns com os outros através de sons de baixa-frequência, que os humanos só conseguem ouvir com aparelhos especiais. Os peixes gostam de ser tocados e frequentemente esfregam-se suavemente uns contra os outros – como os gatos fazem.E, tal como os pássaros fazem, muitos peixes constroem ninhos onde criam os seus bebés. Outros juntam pedras que apanham do fundo do mar para fazer esconderijos onde podem descansar. Alguns peixes cortejam os potenciais parceiros cantando para eles...” (in http://animaisexcepcionais.org/)
Ao observar esses conceitos das pessoas, passo a me questionar até onde nossa capacidade de interação e relacionamento com a Natureza está atrofiada?
Quer dizer, o conceito de amor entre humano e animal está diretamente relacionado à idéia de domínio e posse. Há uma projeção sobre o bicho, de forma que o “bom” é aquele que corresponde às expectativas do dono, mesmo e principalmente, em detrimento de sua natureza. É como se a pessoa fosse incapaz de “amar” um animal que ela não pode pegar (ou seja: dominar). Parece o mesmo que quando se questiona alguém sobre o porquê prefere cães, e não gatos, ela responde: “É que eu acho gato um bicho muito traiçoeiro, vingativo (isso quer dizer: autêntico, fiel ao seu instinto), muito frio, muito independente(!), não é que nem cachorro... cachorro é amigo, é companheiro, se você briga, daqui há pouco ele já vem balançando o rabo e tá tudo bem..."
Existe, no meu ver, uma diferença básica de comportamento entre o cão e o gato, quando domesticados: o gato não se torna dependente do dono como o cachorro.
E, parece que isso confere ao cão a preferência das pessoas que querem ter esse “retorno” do seu animal. Porque se o cão é totalmente dependente de mim (física e emocionalmente) ele é automaticamente levado a me “amar” e a corresponder como eu quero.

Eu gosto igualmente de ambos, prefiro os gatos exatamente por serem independentes do dono.

* Calvin, meu filho felino *

E acho deprimente observar como a nossa cultura nos trouxe ao entendimento de que você pode “ter” um animal de estimação sem respeitar a natureza e a individualidade dele.
Voltando aos peixinhos e aos aquários, existe um parâmetro de cálculo de espaço que diz “2l de água/1cm de peixe”. Ou seja, um peixe de 5cm precisa de no mínimo 10l de água de espaço para ele.
O que eu já considero um espaço bem apertado... Optei por ter apenas 3 peixes no aquário, o que faz com que cada um deles tenha aproximadamente 33l de água de espaço. E ainda assim considero que possam estar sem espaço, pois sempre que imagino a amplitude de espaço que existe no leito de um rio em relação a um peixe, vejo o aquário se transformar num cubículo!

Aí, logo que adquiri o aquário, dei algumas pesquisadas em materiais na internet e vi uma coisa que me deixou estupefato: um rapaz pedindo ajuda numa lista de discussão porque seus peixes estavam morrendo sem causa aparente. Um membro da lista pediu que ele passasse as informações do aquário (tamanho, capacidade, peixes) para que pudessem tentar ajudar.
Eis que o rapaz passou a listagem: ele tinha um aquário de aproximadamente 100l, com 90 peixes dentro! E ainda queria saber por que será que seus peixes estavam morrendo?!
Quer dizer, não se trata nem de uma regra técnica, bastaria algum senso comum para entender a impossibilidade deles viverem no ambiente superlotado!
Enfim, ter perto de si um animal, seja qual for, respeitar seu espaço e individualidade, e observar seus comportamentos e posturas ensina muito ao “bicho homem” sobre a Natureza, da qual ele também faz parte, mas se esqueceu há tempos!

8 comentários:

Anônimo disse...

Ah, nem vem... Eles não são apertáveis como o Calvin, que você pega pela cabeça, chacoalha chacoalha até tontear o gato, e aí ele vem, te arranha e te morde, até que você fique uns 3 dias com o braço imobilizado e enfaixado, até poder começar o ciclo de novo...

Ah, e os peixes fedem também. Além do mais, ficam com aquela bombinha enjoada a noite inteira. E tem que aguentar o ciúmes do Calvin sobre os peixes. O que faz que seja provindencial que não sejamos capazes de escutar suas canções, senão já viu, né?

Agora vem a pergunta... Vc os vê pelo vidro, nesse habitat artificial que se assemelha ao natural. Será que pra eles não é você a estimação?

- Olha lá, lá vem ele com a nossa comida, viram como ele é ensinado, sempre pontual? Pronto, já fez sua parte, agora se vá!

Risos!!!


PS: É brincadeira, tá? Tô aprendendo a gostar deles...

Anônimo disse...

oi....
eu nem sabia que a alguns anos atra era muito dificil manter o aquario.....mas obrigado pela a informaçao .....


ja agora ve o meu blog e comenta ....tambem sou um adepto dos aquarios

Anônimo disse...

oi....
eu nem sabia que a alguns anos atra era muito dificil manter o aquario.....mas obrigado pela a informaçao .....


ja agora ve o meu blog e comenta ....tambem sou um adepto dos aquarios

Anônimo disse...

oi....
eu nem sabia que a alguns anos atra era muito dificil manter o aquario.....mas obrigado pela a informaçao .....


ja agora ve o meu blog e comenta ....tambem sou um adepto dos aquarios

Anônimo disse...

oi....
eu nem sabia que a alguns anos atra era muito dificil manter o aquario.....mas obrigado pela a informaçao .....


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Anônimo disse...

oi....
eu nem sabia que a alguns anos atra era muito dificil manter o aquario.....mas obrigado pela a informaçao .....


ja agora ve o meu blog e comenta ....tambem sou um adepto dos aquarios

Hugo Medina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hugo Medina disse...
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